Um assalto a um advogado no estacionamento de um supermercado terminou com a vítima baleada e um adolescente detido, por volta das 20h30 desta sexta-feira, na Vila Jacuí, região de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo. Um segundo assaltante, que fugiu com R$ 5 mil da vítima, continua foragido, mas teria sido dentificado.
Após sacar o valor em um caixa eletrônico dentro do Supermercado Davó, na altura do número 8.400 da Avenida São Miguel, o advogado Cícero Muniz Florêncio, de 56 anos, foi abordado no estacionamento no momento em que se aproximava de seu Fox. Armados com um revólver calibre 38, de 10 polegadas e de acabamento inoxidável, Caio, de 15 anos, e um amigo dele, identificado como Wescley do Nascimento, de 28 anos, exigiram o dinheiro.
Ao tentar desarmar o adolescente, Cícero foi baleado no rosto. O tiro atravessou e arrancou parte do nariz da vítima, que, até as 3h30 deste sábado, ainda estava internada no Hospital de Ermelino Matarazzo, mas será transferida para um hospital particular. Baleado, o advogado não conseguiu evitar o roubo e teve o dinheiro levado por Wescley.
O menor ainda tentou fugir a pé, mas foi detido por policiais militares da 2ª Companhia do 2º Batalhão que faziam patrulhamento pela Avenida Jacu-Pêssego e foram acionados pelo Centro de Operações. O carro utilizado pela dupla, um Corsa, que pertencente à mãe de Wescley, foi apreendido pela polícia. No momento em que a dupla baleava a vítima, a mãe do rapaz estava em um salão de beleza na região.
O rapaz havia pedido o Corsa emprestado para a mãe pois disse que iria sair com um colega, mas não revelou qual era a verdadeira intenção deles. O menor, dentro do supermercado, vinha observando a rotina dos clientes e começou a perceber que o advogado sempre ia até o caixa para sacar dinheiro, então resolveu armar o bote, mas para isso pediu auxílio a Wescley.
A arma utilizada no crime, segundo a polícia, pertence à empresa de segurança TOR e foi roubada em 2000. No boletim de ocorrência registrado no 63º Distrito Policial, de Vila Jacuí, Wescley, que já tem passagem pela polícia, aparece como averiguado, mas, diante dos depoimentos do adolescente e da mãe do rapaz, do eventual reconhecimento por foto que será feito pelo advogado e das possíveis imagens captadas pelo circuito interno de TV do supermercado, a polícia espera conseguir na justiça o pedido de prisão preventiva de Wescley.
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