O comerciante acusado de matar o assassino do filho foi condenado a sete anos de prisão em regime semiaberto, no julgamento realizado nesta terça-feira (20), em São Carlos, a 232 km de São Paulo. Os jurados condenaram Agnaldo de Souza Lima por homicídio simples e desconsideram os argumentos da acusação de vingança e do crime ter sido cometido mediante surpresa.
O julgamento durou 10 horas. Após o anúncio do veredicto, o réu foi levado para a penitenciária de Itirapina e, em dois dias, poderá cumprir a pena trabalhando durante o dia e dormindo na prisão. O promotor Marcelo Mizuno disse que ainda não sabe se vai recorrer da decisão, o que pode ser feito em até cinco dias.
O advogado do réu, Ulisses Mendonça Cavalcanti, afirmou que ficou satisfeito com o resultado e que não vai recorrer.
Lima matou a tiros o presidiário Milton Batista Nascimento, em 23 de dezembro de 2009. O crime aconteceu após a vítima ter deixado o presídio para passar as festas de final de ano com a família. Nascimento cumpria pena por ter matado o filho de Lima em uma briga de bar no Bairro Cidade Aracy, há 13 anos.
O filho de 11 anos da vítima disse que estava com o pai no parque, quando Agnaldo parou o carro, perguntou se ele era o Milton e atirou em seu peito. Momentos depois, ele voltou e atirou várias vezes na cabeça da vítima.
O comerciante foi pela segunda vez a júri popular, acusado de matar um dos assassinos do filho. No mesmo dia da morte do filho, ele matou com três tiros Rodrigo de Paula, de 18 anos, e ainda acertou Nascimento, que escapou e foi preso. Lima respondeu ao processo em liberdade. Alegando legítima defesa e forte estado emocional, ele foi absolvido do crime.
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