O promotor de Justiça Waldevino de Oliveira pediu nesta quinta-feira o arquivamento do inquérito que apura a atuação da Polícia Militar no caso Eloá. Em outubro de 2008, a jovem de 15 anos foi mantida refém na própria casa pelo ex-namorado e acabou baleada quando a polícia invadiu o local, em Santo André, no ABC.
O Ministério Público concluiu que os policiais não agiram com imprudência ou negligência nem faltaram com cautela. O sequestro durou cinco dias. Lindemberg Alves, de 22 anos, não se conformava com o fim do namoro. Ele também manteve no apartamento da periferia de Santo André a jovem Nayara Silva, uma das melhores amigas de Eloá.
Na época, Alves chegou a libertar Nayara, mas, no dia seguinte, ela voltou à casa da amiga para tentar convencer o rapaz a se entregar. Sem avanços nas negociações, a polícia resolveu invadir o prédio no dia 17, uma sexta-feira. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), tropa de elite da PM, explodiu a porta e prendeu Alves. Houve troca de tiros.
Nayara deixou o apartamento andando, enquanto Eloá, carregada, foi levada inconsciente para o hospital. A morte cerebral dela foi diagnosticada no fim da noite de sábado. No dia 31 de março deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou mais um recurso apresentado pela defesa de Alves, acusado pela morte da estudante. Ele continua preso no interior do estado.
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