A quadrilha que sequestrou uma menina de 7 anos e o seu irmão, de 6, prometia mutilar as crianças durante as negociações. A informação é do delegado Niêmer Nunes Júnior, titular da Delegacia Especializada Anti-Sequestro (Deas) de Santos.
Segundo ele, o bando exerceu grande pressão psicológica sobre a mãe das crianças. “Os criminosos prometiam mutilar as vítimas se o resgate não fosse pago”.
As ameaças foram feitas por Jean Alencar Pinheiro, de 20 anos, o Jota, responsável pelas negociações feitas diretamente com a mãe. Bastante abalada, a mulher, de 33 anos, não quis comentar o assunto com A Tribuna, limitando-se a dizer que se sente bastante aliviada com a libertação dos filhos.
Além desse acusado, outros seis foram presos em flagrante pelo sequestro dos irmãos. Os demais acusados são Fábio da Rocha Santos, de 20 anos, Carlos Antônio Carvalho Honorato, de 39, José Carlos Rocha dos Santos, de 28, Carlos Alberto da Silva Júnior, de 27, Fabiana Santos de Souza, de 32, e Gisele Alves Pereira da Silva, de 21.
Mais quatro sequestradores, entre os quais o líder do bando, integrariam a quadrilha. Eles ainda permanecem foragidos. De acordo com o titular da Deas, o cabeça faz parte do Primeiro Comando da Capital (PCC) e ocupa posição de destaque no organograma da facção criminosa no Litoral Sul.
Fábio, Carlos Antônio e José Carlos foram presos na edícula de alvenaria da Rua Monte Serrat, 20.168, no Jardim Melvi, em Praia Grande, local usado como cativeiro das crianças. Elas foram encontradas em uma cama, assistindo a um DVD de desenho animado.
Ainda na noite de terça-feira, Gisele e Carlos foram capturados no Samaritá, na área continental de São Vicente. A jovem portava um celular roubado da mãe das crianças por ocasião do sequestro. Alegando ignorar a origem do aparelho e o próprio crime contra os irmãos de 7 e 6 anos, ela disse que recebeu o aparelho de Carlos, mais conhecido por Sacola.
Jota e Fabiana foram detidos em um apartamento no Guilhermina, em Praia Grande, também na terça-feira à noite, após o estouro do cativeiro e a libertação das vítimas. Os sete acusados presos foram autuados na Deas.
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