O clima foi tenso em Guarujá e as ruas ficaram praticamente vazias após o assassinato de cinco pessoas na Cidade. A polícia nega o toque de recolher, mas na noite de segunda-feira havia pouca movimentação nas ruas das principais avenidas de Guarujá, como a Dom Pedro I e a Santos Dumont.
Na Vila Alice, a polícia fez uma operação e o patrulhamento foi reforçado durante toda a noite. Ônibus eram parados e alguns motoristas também foram revistados. Segundo a Polícia Militar, não foram registradas ocorrências entre a noite de segunda-feira e a madrugada desta terça-feira.
Os policiais confirmam que a cidade ficou vazia. No entorno do Insitituto Médico Legal (IML), na Avenida Vereador Lydio Martins Correia, na Vila Zilda, ninguém também nas calçadas.
Apesar de ser um suposto boato, o toque de recolher assustou moradores e comerciantes de Guarujá e Vicente de Carvalho na noite de segunda-feira. Escolas e comércios fecharam as portas mais cedo após terem recebido avisos de que correriam risco caso estivessem nas ruas durante a noite.
A Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) suspendeu as aulas e o site da instituição trazia um comunicado sobre o adiamento de exames que seriam realizados nesta segunda. Segundo um morador do Pae Cará, que não quis ser identificado, alunos foram dispensados das aulas noturnas nesta segunda-feira e o comércio deveria fechar as portas às 18 horas.
Alguns estabelecimentos que costumam ficar abertos até mais tarde, como lan houses e bares, encerraram o expediente assim que escureceu. Um morador do Parque Prainha que também preferiu não revelar sua identidade classificou como absurda a apreensão que cidadãos ficam diante do medo e da violência. “Depois desses assassinatos que aconteceram, o cidadão de bem tem que ficar preso em casa. Tem gente com medo de voltar do trabalho e ser morto na rua.”
Oito pessoas foram assassinadas na Baixada Santista, incluindo um policial militar, e duas baleadas, em Guarujá e Santos em um intervalo de nove horas e meia. Os crimes ocorreraram entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira e a maior parte deles, cinco mortes e os dois baleados, foi em Guarujá.
Para a polícia, ainda é cedo para estabelecer relação entre as ocorrências. A primeira vítima de assassinato foi o soldado da Polícia Militar Paulo Raphael Ferreira Pires, de 27 anos, de 27 anos. Lotado na Força Tática do 21º BPM/I (Guarujá, ele estava sozinho no seu Fiat Siena, quando foi assassinado na Avenida Santos Dumont, em frente à agência do Banco Itaú, no PaeCará.
Sem chance de defesa, foi atacado pelos dois lados do carro e, provavelmente, pelas costas, em razão das marcas de disparos na lataria. Na cena do crime foram achados projéteis de calibre 5.56 e outros fragmentos que serão identificados pela polícia.
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