O inquérito policial que apurou denúncias contra o padre José Afonso Dé, de 74 anos, chegou nesta segunda-feira às mãos do promotor José Lourenço Alves, da 2ª Vara Criminal de Franca, a 400 km de São Paulo. Ele terá até 15 dias para analisar o caso. Apesar desse prazo, porém, o promotor disse que deverá analisá-lo antes, mas não assegurou se fará isso ainda nesta semana.
O inquérito foi encaminhado pela delegada Graciela Ambrosio, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), na sexta-feira. Alves poderá oferecer denúncia, arquivar o processo ou pedir novas investigações à polícia. A delegada indiciou o padre, que nega as acusações por dois crimes: estupro de vulnerável (menor de 14 anos) e violação sexual mediante fraude (acima de 14 anos).
Caso seja condenado, o padre pode pegar pena entre 6 e 20 anos, reduzida à metade por ele ter mais de 70 anos. O caso chegou à DDM em meados de março, após denúncia ao Conselho Tutelar do município. Sete jovens entre 12 e 16 anos informaram à Polícia Civil que padre Dé teria os beijado e acariciado seus órgãos genitais neste ano.
Outros dois adultos, que teriam sido molestados pelo sacerdote quando menores, também foram ouvidos e acusaram o padre Dé, que está afastado das atividades religiosas pelo bispo de Franca, Pedro Luiz Stringhini. O bispo encaminhou formalmente o caso à Nunciatura Apostólica, que funciona como uma embaixada do Vaticano no Brasil.
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