A Justiça determinou, no início da noite de ontem, a prisão do médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por estupro e atentado violento ao pudor contra ex-pacientes e uma ex-funcionária.
A prisão havia sido pedida pelo Ministério Público Estadual anteontem à tarde com a alegação de que ele, pouco antes do Natal, procurou a Polícia Federal em São Paulo para renovar seu passaporte.
Para a Promotoria, o pedido de renovação do documento indicava que Abdelmassih iria fugir do país. A decisão de mandar prendê-lo foi da juíza Kenarik Boujikian Felippe, da 16ª Vara Criminal da capital.
Assim que Abdelmassih pediu a renovação do seu passaporte, a PF informou à Justiça, que, por sua vez, acionou o Ministério Público.
Apesar de ter sido condenado a 278 anos de prisão no fim de novembro de 2010, Abdelmassih não podia ser preso por força de uma liminar concedida pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, em 2009.
Durante a fase do processo, o médico chegou a ficar preso entre agosto e dezembro de 2009. Os crimes teriam ocorrido entre 1995 e 2008. Na condenação, constam 48 ataques, consumados ou não. Ao todo 37 mulheres se dizem vítimas do médico.
Abdelmassih era considerado um dos mais famosos especialistas em reprodução assistida do Brasil.
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