Investigações da polícia apontam que o ex-secretário de Habitação de Jandira (Grande SP) Wanderley de Aquino queria se tornar o novo prefeito da cidade após o assassinato do então chefe do Executivo municipal Walderi Braz Paschoalin (PSDB).
Aquino está preso suspeito de ser o mandante do crime ocorrido no dia 10 de dezembro quando o prefeito chegava a uma rádio. Conforme policiais ouvidos pela reportagem, o ex-secretário teve um desentendimento com o prefeito sobre supostas propinas que eram pagas por empresários que tinham negócios com a prefeitura. Depois disso, Aquino foi informado de que seria demitido.
A partir de então, começou a trama de Aquino. De acordo com a polícia, o ex-secretário contratou um grupo de assassinos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar o prefeito. A ideia era que, com a cadeira dele vaga, a vice-prefeita Anabel Sabatine (PSDB) não assumiria o cargo, por temer ser assassinada. Antes do prefeito, outros dois políticos, um vereador e um suplente de vereador, já tinham morrido baleados em menos de um ano na cidade.
Dessa forma, com a renúncia da vice-prefeita, o presidente da Câmara, o vereador Wesley Teixeira (PSB), assumiria a função e teria de convocar eleições indiretas. Aquino, então, seria candidato ao cargo e usaria o dinheiro arrecadado com propinas para convencer os parlamentares a votar nele. O esquema, conforme a polícia, começou a falhar a partir do momento em que a vice-prefeita aceitou assumir o cargo.
Para tentar intimidá-la, Aquino foi até o gabinete da nova prefeita e disse que queria ser o novo secretário de Governo. Assim, ao menos teria mais poder sobre os contratos. Anabel não aceitou e acabou preso seis dias após o crime. Além do ex-secretário, outras seis pessoas estão presas e há um foragido.
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