terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Preso delegado de Peruíbe acusado de fraude

O delegado de Peruíbe Bruno Jacintho de Almeida Júnior foi preso na manhã de segunda-feira. Ele atuou como responsável pela 305ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Peruíbe no período de janeiro de 2009 e junho de 2010 e foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MPE) em outubro do ano passado por suposta participação em fraude no sistema informatizado do Detran.

O pedido de prisão preventiva partiu do promotor Cassio Conserino, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco). Na denúncia oferecida à Justiça, consta que uma funcionária da 305ª Ciretran, Cláudia Maria Gavazzi, usava a senha pessoal e instransferível da autoridade policial no sistema eletrônico do Detran para transferir para o seu nome a pontuação relativa a motoristas autuados por infrações de trânsito.

O passo seguinte era excluir a pontuação de sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que se encontra zerada. A Unidade de Inteligência Policial do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) constatou que a fraude era praticada diariamente.

Além de Peruíbe, parte dos veículos multados e dos motoristas beneficiados com esse esquema era de Praia Grande. A Corregedoria da Polícia Civileo MPE apuram a atuação de um despachante de Praia Grande na fraude. Ele é citado como Marcos ou Camarão. Testemunhas disseram que Marcos seria o responsável pela ligação dos motoristas com a 305ª Ciretran.

Em operação de busca e apreensão realizada na casa do delegado foram encontrados 17 formulários para obtenção de CNH. Os documentos haviam sido preenchidos por motoristas com CPF de Minas Gerais, cujas habilitações foram expedidas pela Delegacia de Peruíbe e transferidas para Espírito Santo.

Também foram encontrados manuscritos com a movimentação financeira referente às fraudes. A apuração do esquema não se encerra com a prisão preventiva de Bruno Jacintho de Almeida Júnior. O Gaeco pede à Justiça uma perícia contábil para saber o valor do montante que deixou de entrar nos cofres públicos com o não-pagamento das multas de trânsito. O MPE acredita que o esquema tenha beneficiado centenas de motoristas.

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