O empresário Ali Said Mourad, 51 anos, irmão do deputado estadual Said Mourad (PSC), membro da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa, foi morto ontem em um latrocínio (roubo seguido de morte), em Heliópolis (zona sul de SP).
Ali Said, segundo a assessoria do deputado, foi baleado com um tiro nas costas na saída de um banco --ele tinha deixado uma agência bancária no trecho urbano da rodovia Anchieta.
O empresário foi socorrido no Hospital de Heliópolis, mas morreu depois de ser operado. Ali Said foi atacado por dois homens em uma moto. Os ladrões acreditavam que ele havia sacado dinheiro, mas, na verdade, ele havia ido fazer depósitos. Os criminosos fugiram.
Na noite de ontem, Fernando Trevinio Gonçalves, 26 anos, um dos acusados pelo crime, foi preso. Ele não tinha advogado até a conclusão desta edição.
Ali Said é a terceira vítima morta por ladrões na última semana na capital.
Há uma semana, o advogado Antonio Carlos Rodrigues Ribeiro, 71 anos, foi morto por um ladrão na região da Sé (centro), depois de sacar R$ 4.000. A polícia prendeu um acusado pelo latrocínio.
Segunda-feira, André Luis Dantas de Souza, 37 anos, foi morto numa tentativa de assalto em frente a uma agência bancária no Tatuapé (zona leste de SP).
Na comparação entre 2009 (100 casos com 101 vítimas) e 2010 (76 casos e o mesmo total de mortos), os latrocínios caíram 24% na capital, segundo as estatísticas do governo paulista.
Pela gratuidade da violência dos criminosos, o latrocínio é um dos crimes que mais assustam a população.
Na maior parte dos latrocínios em 2010, o crime foi cometido por 'desconhecidos' --conforme registrado no boletim de ocorrência.
Dos 76 latrocínios, em 60 (79%) não havia informação sobre o(s) criminoso(s).
Desde 31 de janeiro, a reportagem pede à Secretaria de Estado da Segurança Pública dados dos principais tipos de crime em cada uma das regiões da capital, mas a pasta não fornece os dados públicos. Também não revela quantos dos 76 latrocínios na capital em 2010 foram solucionados pela polícia.
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