Três empreiteiros foram presos nesta terça-feira pela Polícia Federal em Campinas, a 93 km de São Paulo, por suspeita de manter 26 operários em regime de trabalho escravo. Eles estavam em um alojamento com péssimas condições de higiene.
Foi por meio de uma denúncia de um morador do bairro que a Guarda Municipal chegou ao alojamento. Os operários foram aliciados no interior do Maranhão para trabalhar na construção civil. Eles pagaram R$ 230 para viajar em um ônibus clandestino sem condições de segurança.
Os homens saíram de casa com a promessa de ganhar mais de R$ 2 mil por mês. Ao chegarem a Campinas, foram parar no alojamento improvisado. A maioria não tinha cama para dormir.
Os operários eram mantidos no local ainda em reformas desde domingo. O empreiteiro que os atraiu disse que eles estavam mal alojados porque chegaram antes do programado.
Com a chegada da PF, ficou constatado que os operários eram submetidos a condições de trabalho escravo. Três pessoas foram presas. De acordo com a polícia, os empreiteiros trabalham para a empresa Mestra Engenharia.
Os trabalhadores foram levados para um hotel em Campinas, e ainda não sabem quando vão voltar para casa. A Mestra Engenharia não foi encontrada para comentar o caso. A construtora Goldfarb, responsável pela obra, comprometeu-se a pagar o hotel para os trabalhadores.
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