Com 38 anos de profissão, um médico de 64 anos foi preso por meio de uma ordem judicial na última sexta-feira, em Peruíbe. Ele é acusado de crimes de estupro e constrangimento ilegal.
Há 15 anos, o médico trabalha em uma clínica particular no Município. Além dos atendimentos de rotina, ele é responsável pelos exames médicos ocupacionais, aqueles feitos por quem está sendo contratado ou demitido de uma empresa.
De acordo com uma das vítimas, que não quis se identificar, o médico pediu para ela deitar na cama e tirar a calcinha. “Ele me examinou sem luva, passou a mão na minha coxa e falou que eu tinha a pele muito boa”.
Uma outra vítima diz que foi fazer um exame admissional e também foi assediada pelo médico. “Ele começou com o estetoscópio a apertar em volta do meu seio, na altura do início da direção da calcinha e na direção da virilha”, contou.
A primeira denúncia contra o médico só ocorreu em novembro do ano passado. A vítima chamou a polícia e passou por exame de corpo de delito. Segundo o laudo, o médico fez toque vaginal na vítima sem necessidade.
Depois da denúncia, mais sete mulheres prestaram depoimento ao Ministério Público. O médico pedia para que elas se sentassem na maca e fazia toda a ação de atos libidinosos incompatíveis com exame de admissão no emprego.
Em nota, a direção da clínica onde o médico trabalha disse que recebeu com surpresa os fatos e que o médico sempre trabalhou sem que houvesse qualquer tipo de comunicação sob quaisquer problemas. A clínica informou ainda que o caso é isolado e restrito.
O advogado Eugenio Malavasi disse que o profissional é inocente, já que ele não teve oportunidade durante a tramitação da investigação de esclarecer os fatos. “Ele não foi sequer intimado para esclarecer e para refutar todas as acusações. O meu cliente se declara inocente e vai provar na ação penal sua inocência”.
Com relação à prisão preventiva, Malavasi irá pedir o habeas corpus do médico, já que ele não teve oportunidade de se manifestar. “Na verdade, cause-me um pouco de estranheza, porque os exames demissionais, periódicos e admissionais dizem respeito a essas vítimas, apenas então somente, a uma determinada empresa. Quer dizer, ele fez vários outros exames e nenhuma vítima de várias outras empresas fez esse tipo de acusação”.
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