A atendente Edilaine Vieira Brito, de 20 anos, foi presa acusada de simular que a filha de quatro anos tinha câncer para pedir ajuda financeira, em Sorocaba, a 92 quilômetros de São Paulo. Ela exibia a menina com vários curativos pelo corpo e sondas para aplicação de soro fixadas com esparadrapo sobre a pele. Um exame médico desmentiu a doença e levou à detenção da mulher.
Missionárias de uma igreja evangélica já tinham arrecadado R$ 500 em dinheiro, além de roupas, alimentos e brinquedos para doar à suspeita. Outras pessoas que viram fotos da garota, em que ela aparecia com a cabeça raspada e cheia de curativos, também estavam mobilizadas para arrecadar recursos.
As religiosas desconfiaram da farsa depois que uma delas examinou um dos curativos e descobriu que a suposta sonda era um tubo de caneta esferográfica. Uma busca no Hospital de Câncer Infantil de Sorocaba, onde a mãe teria levado a menina para tratamento, revelou que a criança nunca tinha passado pelo local.
Com a detenção da mulher, a criança foi levada para exames. O médico do hospital, André Matheus, confirmou o perfeito estado de saúde da menina. Ela e uma irmã foram retiradas da guarda da mãe e levadas para um abrigo. A mulher foi ouvida e responderá em liberdade por submeter a criança a uma situação vexatória.
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