A falta de provas fez com que a Justiça absolvesse Devaldo Costa Monteiro, o Bisteca, de 39 anos, intitulado o chefe do tráfico do Morro do Tetéu, em Santos.
Processado na 1ª Vara Criminal de Santos, após ser preso em flagrante durante operação realizada por policiais da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise), Bisteca protagoniza o caso clássico daquele que se beneficia do princípio jurídico do in dubio pro reo. Ou seja, os indícios de autoria que podem justificar a autuação em flagrante de alguém, a decretação de sua prisão e a sua denúncia não são suficientes para a condenação.
Beneficiado com a saída temporária do Dia dos Pais do ano passado, Bisteca não retornou à penitenciária onde cumpria pena por tráfico e se refugiou na casa de sua mãe, no Caminho das Pedras, Morro do Tetéu. No início deste ano, após uma série de reportagens de TV denunciar o tráfico de drogas em morros e diques da Cidade, a Polícia Civil começou a monitorar esses locais. No caso específico do Tetéu, segundo a equipe da Dise, denúncias anônimas por telefone apontavam Bisteca como o “patrão” (chefe do tráfico) da área.
O acusado foi recapturado dentro da casa de sua mãe, onde não foram achadas drogas, armas ou munições. Porém, em um terreno atrás da moradia, havia 586 cápsulas de cocaína e 33 tabletes de maconha de tamanhos diversos. Na sequência, os agentes se dirigiram a um beco no morro apontado nas denúncias anônimas como um local onde Bisteca guardaria mais entorpecentes.
No segundo lugar foram apreendidos colete à prova de balas, um revólver, três pistolas, 130 munições de vários calibres, inclusive de fuzil, e mais drogas, além de produtos químicos para serem adicionados aos entorpecentes e materiais destinados à embalagem dos tóxicos. Ao todo, os investigadores recolheram cerca da 15,5 quilos de maconha e 1,3 quilo de cocaína. Autuado por tráfico e posse ilegal de armas e munições de uso restrito, Bisteca foi recolhido à cadeia.
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