Empresário é condenado a 12 anos de prisão uma década depois de matar 4 jovens em São Sebastião

Um ponto final em um caso que já durava mais de uma década. O julgamento do empresário paulistano Marcos Vinicius Vilela Paschoal aconteceu durante todo o dia de ontem no Fórum “Promotor Siqueira Netto”, na Região central do município.

A decisão do júri popular, depois de oito horas de julgamento, foi pela condenação de 12 anos de reclusão pelo atropelamento e pelo assassinato das jovens, Karina Aparecida Horita, Josiane Rodrigues, Cristiane Rosa e Ângela Lima. Os votos foram unânimes à condenação. O crime foi praticado na madrugada do dia 1º de janeiro de 1999, comemoração de Réveillon, e em uma curva localizada na altura no km 187 da Rodovia Doutor Manuel Hipólito do Rego, a Rio-Santos (SP-55), entre os bairros da Juréia e Boracéia, na Costa Sul.

O júri concordou com os depoimentos de testemunhas, que informaram que na época o dia estava bom, que o empresário conduzia um veículo importado, modelo Audi em alta velocidade, no trecho e que o mesmo apresentava sinais de embriaguez e até de uso de maconha. Na época, segundo o Ministério Público, ele se negou a fazer exame toxicológico, ficou detido durante 30 dias, mas ganhou o direito de responder o processo em liberdade por ser réu primário.

Todas as informações recolhidas confirmaram a acusação inicial de homicídio doloso, ou seja, quando há a intenção de matar. Na ocasião, Karina tinha 18 anos, Josiane Rodrigues, 17, Cristiane Rosa, 19 e Ângela Lima, 19. Reginaldo da Cruz, então com 28 anos, também foi atingido pelo automóvel do empresário, mas foi o único que restou da tragédia.

Aliás, Cruz foi uma das testemunhas do julgamento. Durante cerca de uma hora, a vítima confirmou que o réu estava em alta velocidade. “Ele estava ‘cantando pneu’”, enfatizou. Outra informação foi o fato dos corpos das vítimas fatais serem jogadas por cerca de metros, o que reforça a tese da velocidade elevada do carro.