Uma quadrilha furtou mais de R$ 10 milhões de uma empresa de transporte de valores da Vila Jaguara, Zona Oeste de São Paulo, na tarde de domingo, no horário dos jogos da ultima rodada do campeonato brasileiro de futebol. De acordo com a polícia, os criminosos alugaram uma casa que fica a pouco mais de 100 metros do local e cavaram um túnel até o cofre do imóvel. Ninguém foi preso.
Parte do circuito interno de câmeras estava desligado no momento do crime. A polícia percorreu casas da vizinhança durante a madrugada desta segunda-feira para saber se alguma câmera de segurança gravou a movimentação na rua no momento do roubo.
A casa foi alugada há quatro meses, e os suspeitos ficaram morando no local. Para não levantar suspeitas, foi montada até uma árvore de Natal, que era possível ser vista da rua. Nesse tempo, foi cavado um túnel que passou por debaixo de uma praça e chegou até a empresa, levando diretamente à sala do cofre. Segundo a empresa, havia cerca de R$ 11 milhões no local.
Os ladrões conseguiram driblar todo o esquema de segurança no local: quatro câmeras de vídeo vigiam o movimento na rua da empresa, as portas são reforçadas, e um segurança que fica do lado de dentro do local controla o acesso ao prédio.
A quadrilha chegou ao cofre sem deixar nenhum sinal de arrombamento. O roubo teria acontecido na tarde de domingo, no horário da ultima rodada do campeonato brasileiro de futebol. Um segurança que trabalhava na empresa contou que ouviu alguns barulhos no período, mas imaginou que fossem fogos de artifício soltados por torcedores.
Uma dona de casa que mora na região disse que nunca viu os vizinhos. “A gente não via ninguém. A gente sabia que tinha alguém lá, porque o carro às vezes não estava”, contou Regiane Nascimento.
A Polícia Científica fez perícia na casa e na empresa para tentar encontrar provas contra a quadrilha. Dentro da casa, foram encontrados um mapa do túnel, algumas notas de dinheiro espalhadas pelo chão e muitos sacos com terra, que teria sido tirada do túnel.
As paredes tinham acabado de ser pintadas, provavelmente para esconder marcas de mão e impressões digitais dos ladrões. O caso será investigado pela Delegacia de Roubo a Bancos do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic).
Nenhum comentário:
Postar um comentário