Desesperado ao ver o filho de 28 anos viciado em crack, um pai decidiu acorrentar o jovem em casa para impedir que ele fuja para consumir a droga, em Jacareí. O pai, Roberto Alves, alega que não encontrou outro caminho para o tratamento do filho. "É uma situação difícil, não tenho ajuda de ninguém", desabafou.
Segundo a família, o jovem não consegue deixar o vício. Ele já chegou a apanhar de traficantes na rua. "Antes ele acorrentado aqui em casa, do que ele morto", afirma a mãe Maria Aparecida Alves.
O rapaz foi paciente do CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) e foi internado por cerca de dez dias em um hospital psiquiátrico. Mas a mãe quer que o filho seja internado em uma clínica especializada. Ela ainda não conseguiu ajuda. "Nem que eu pagasse um pouco, parcelasse, mas eu preciso de ajuda urgente. Eu já tentei em tudo quanto é lugar".
A Secretaria de Saúde informou que o tratamento oferecido a dependentes químicos na cidade é o recomendado pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O atendimento é ambulatorial e a internação é feita apenas em casos mais graves, em hospitais psiquiátricos.
O secretário adjunto de Saúde de Jacareí, Eduardo Guadagnin, disse que o paciente passou por todas essas etapas. "Quando o paciente retornou, foi solicitada uma internação psquiátrica. Foram agendadas várias consultas, mas o paciente não retornou", explicou. Guadagnin disse ainda que o município não tem convênio com clínicas especializadas.
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