Marcos Vinícius Vilela Paschoal, acusado de atropelar e matar quatro garotas e de ferir um rapaz irá a julgamento popular hoje no Fórum de São Sebastião sob a acusação de homicídio doloso, quando há intenção de matar.
O acidente ocorreu 10 anos atrás, na noite do dia 31 de dezembro de 1998, no Km 197 da Rodovia Manoel Hipólito do Rego (SP-55), entre os bairros da Juréia e Boracéia, ainda em São Sebastião.
Na ocasião, Karina Aparecida Horita, então com 18 anos, Josiane Rodrigues, que tinha 17, Cristiane Rosa, 19, Ângela Lima, 19, e Reginaldo da Cruz, então com 28 anos, foram atingidos pelo carro do empresário, que vinha em alta velocidade, se perdeu em uma curva e invadiu o acostamento. Da tragédia, restou apenas Cruz, que ficou com sequelas.
De acordo com denúncia do Ministério Público, o empresário tinha feito uso de bebida alcoólica e em seu carro foi localizado um cigarro de maconha parcialmente consumido. Ele se negou a fazer exame toxicológico.
No dia do acidente, Paschoal foi preso e ficou detido por 30 dias, mas ganhou o direito de responder ao processo em liberdade por ser réu primário. Se condenado, o empresário pode ter pena de pelo menos 48 anos de detenção.
O crime que chocou São Sebastião à época teve repercussão nacional. O empresário dirigia um carro da marca Audi e as garotas estavam em dois carros, mas resolveram estacionar e aguardar uns amigos que vinham em outro veículo, quando foram atingidas pelo veículo dirigido por Paschoal.
O impacto foi tão grande que o corpo de Ângela foi partido ao meio, com a parte superior lançada em uma árvore a mais de dois metros de altura.
Segundo as investigações, Paschoal trafegava pela via com uma velocidade acima do permitido. Ao fazer a curva, perdeu o controle, invadiu a pista contrária até atropelar as vítimas e parar no guard-rail. Ao descer do carro, o MP conta que o empresário saiu sorrindo.
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