Difícil de acreditar. Mas aconteceu. Mesmo algemado, o bandido fugiu dirigindo a viatura da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na região da Vila Sônia, Zona Oeste da capital, na madrugada de ontem. Daniel Aguiar de Medeiros, de 29 anos, havia sido preso minutos antes ao tentar roubar o rádio do carro de um guarda-civil, que estava, de folga, com a namorada. O bandido escapou quando ficou sozinho na viatura, com a chave no contato.
O fato ocorreu na Rua Doutor Ulpiano da Costa Manso, no Jardim Peri-Peri. O casal saía de uma festa e encontrou o criminoso remexendo o seu Palio Weekend cinza. O ladrão correu em fuga, mas foi alcançado pelo GCM. Os dois brigaram, e Daniel foi dominado. A Polícia Militar (PM) confirmou que foi acionada pelo 190, mas que o criminoso fora pego pela GCM. Segundo testemunhas, a viatura da PM foi embora ao ver que o bandido já estava algemado dentro do carro da Guarda Civil, que chegou minutos antes.
O criminoso foi algemado com as mãos para trás, mas teria conseguido passar os braços por baixo das pernas, ao ficar sozinho na viatura. Dessa maneira, ela conseguiu ligar e assumir o volante do carro. Conforme relato de testemunhas, três guardas fardados ainda correram atrás do veículo e, um deles, deu vários tiros contra a viatura, ao vê-la deixando o local em alta velocidade pela contramão, mas o bandido conseguiu fugir.
A viatura foi encontrada a cinco quilômetros do local da fuga, na Rua Mateus Clemente, próxima a favela do Mandioquinha. Não havia marcas de tiros no veículo. O assaltante não foi encontrado. O Comando Geral da Guarda Civil Metropolitana e a Inspetoria Regional Butantã, responsável pela área do incidente, foi procurada na tarde de ontem para comentar o caso, mas a GCM informou que não havia oficiais autorizados a falar sobre o ocorrido em ambos o locais.
Para Carlos Augusto Souza Silva, presidente do Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos de São Paulo, o problema das viaturas da GCM é não ter isolamento para transporte de criminosos. “Mesmo algemado, o bandido pode dar uma cabeçada ou um chute nos guardas. Ao ver que está sendo preso, o criminoso pode tomar uma medida extrema”, alertou o dirigente sindical.
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