O carro preto que pode ter sido utilizado nos ataques do último final de semana foi localizado pela Polícia Militar. Um veículo com as mesmas características estava estacionado na Rua Mecanizada, no Dique do Sambaiatuba, em São Vicente. Dentro dele foram encontrados projéteis calibre 380 e 9 milímetros. Ninguém foi preso.
Em consulta ao sistema unificado do Detran, descobriu-se que o carro - um Citroen C4 Palace - foi roubado em maio de 2010. Para despistar a polícia, os bandidos trocaram o emplacamento que, por sua vez, estava legalizado, mas não correspondia ao número de chassi.
A localização ocorreu por meio de denúncia anônima feita pelo 190. Na ligação, a pessoa disse à polícia que o carro havia sido estacionado no local há mais de um dia e ninguém, desde então, tinha aparecido para retirá-lo. Ao suspeitar que pudesse ser aquele utilizado nos ataques, resolveu telefonar.
Investigações preliminares da Polícia Civil sobre os vários atentados a tiros ocorridos no fim de semana na Baixada Santista, o mais violento do ano, apontam o envolvimento deste carro preto em pelo menos cinco dos atentados.
"Por mais absurdas que as hipóteses sejam, estamos investigando. Primeiro queremos saber se existe relação entre as vítimas e qual a conexão entre as armas, por meio dos cartuchos que foram achados", disse o delegado-diretor do Deinter-6, Waldomiro Bueno Filho.
"Nós já temos pistas muito boas e acredito que dentro de uma semana teremos uma posição", informou o chefe da Polícia Civil, que disse não acreditar na participação do PCC nos casos recentes. Há chances ainda do veículo ter ligação na morte do traficante Zé Arzul, em Praia Grande.
Na madrugada de sábado para domingo, seis ataques com arma de fogo foram registrados em Santos e São Vicente. Ao todo, dez pessoas foram baleadas, uma delas morreu. No início da manhã de sexta-feira, o traficante José Carlos de Oliveira, de 50 anos, o Zé Arzul, foi morto em Praia Grande.
Pessoas que tenham informações que ajudem as investigações da polícia podem entrar em contato por meio do telefone 181. Não é preciso se identificar para fazer denúncias.
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