O telefonema de uma mãe evitou a entrada de um estudante armado na Escola Estadual Monsenhor Rocha, na Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio. Segundo o delegado William de Medeiros Pena Júnior, da 22ª DP (Penha), ela alertou a direção da escola para impedir a entrada do filho, na noite de segunda-feira. Segundo a mãe, o rapaz, que tem 24 anos, sofre de problemas psiquiátricos e saiu com uma faca na mochila.
A direção da escola avisou os policiais da Força de Pacificação, que abordaram o rapaz na porta do colégio. Aos agentes, o suspeito contou que ia matar um colega de turma que o humilhava. No entanto, quando chegou à delegacia, ele não quis mais falar do assunto e não explicou por que estava armado.
“Ele estava com uma faca de mais ou menos 30 centímetros. Mas não disse o que ia fazer com ela. A mãe dele disse que também não sabia o que o filho ia fazer com a faca, mas que temia que ele fizesse uma besteira. Por isso, ligou para a escola”, contou o delegado.
Segundo Pena Júnior, o rapaz foi autuado por porte de arma branca, assinou termo de compromisso e vai ter de se apresentar ao Juizado Especial Criminal, em data ainda a ser marcada.
Violência em escolas
A mãe do rapaz também foi orientada na delegacia a buscar atendimento psiquiátrico para o filho. Desde a tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, onde 12 crianças morreram e outras 16 foram baleadas por um ex-aluno, aumentaram os casos de violência nas escolas no estado.
Em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, um aluno de 13 anos foi levado para a 146ª DP (Guarus), na tarde desta segunda-feira, suspeito de fazer ameaças à diretora da Escola municipal Fernando de Andrade. Segundo a delegacia, testemunhas contaram que o adolescente simulou estar armado, colocando a mão debaixo da camisa. No entanto, ao revistarem o menor, nada foi encontrado.
Duas pessoas foram presas na sexta-feira passada, após invadirem uma escola na Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. De acordo com a Polícia Militar, a dupla estava desarmada e foi presa por volta das 11h no pátio da Escola Municipal Astrojildo Pereira. Eles fugiam da polícia após roubar uma idosa na Estrada do Engenho. Ninguém ficou ferido.
No mesmo dia do ataque em Realengo, estudantes foram encaminhados à delegacia depois de jogar artefatos chamados de "cabeça de nego" na Escola Municipal Mafalda Teixeira Alvarenga, em Campo Grande, também na Zona Oeste do Rio.
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