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segunda-feira, 25 de abril de 2011
Parentes terão prioridade para obter guarda de bebê deixado em caçamba
O Conselho Tutelar de Praia Grande informou que a recém-nascida que foi abandonada em uma caçamba de lixo não será mais encaminhada para a fila de adoção. Como a mãe e o pai foram identificados, os parentes da criança terão prioridade para ficarem com a guarda.
A menina continua internada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Irmã Dulce e a previsão é que tenha alta da UTI no início desta semana.
A mãe da criança, de 39 anos, foi presa no sábado. Para a polícia, ela disse que fez aquilo porque sofre de depressão pós-parto. A mulher contou que chegou a amamentar a criança, mas a abandonou cerca de sete horas após o nascimento porque seu atual companheiro não aceitou a gravidez. Ela teve a prisão decretada por 30 dias.
O pai da criança, de 58 anos, que não quis se identificar, afirmou que, em momento algum, soube da gravidez de Rosineide. Ele disse que trabalha com Rosineide em uma clínica de repouso.
Ele contou que os encontros com ela fora do trabalho aconteceram quatro ou cinco vezes no segundo semestre do ano passado. “A gente trabalhava junto todo dia e eu não via a barriga. Ela não comentou com ninguém no trabalho. A barriga dela não cresceu”.
Ele ficou sabendo pela tevê que um bebê havia sido jogado em uma caçamba de lixo. Chocado, diz que nunca imaginou que a menina seria sua filha. “Eu acompanhei a matéria sobre o abandono. Não sabia que era minha filha. Quando soube, na última sexta, fiquei muito chateado. A situação em que a criança foi encontrada é muito triste. Eu acho que o fato de ela ter jogado na lixeira foi desatenção”.
O homem, casado e com quatro filhos adultos, garante que não se arrepende do relacionamento, mas diz que não consegue dormir desde que soube da filha. “Ainda não contei para minha família. Fico pensando muito em como ficarão as coisas, em como será a reação quando descobrirem isso. Se ela tivesse me contado teria sido diferente”.
Mesmo chateado, ele acredita que Rosineide não agiu racionalmente. “Ela é trabalhadora. Acho que fez por motivos financeiros. Ela paga aluguel e tem outros filhos”, diz ele, que pretende lutar pela guarda da menina.
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