Um pintor de São Carlos (232 km de SP) foi morto com um tiro na nuca disparado por um policial anteontem, no bairro Gonzaga, durante uma blitz da PM.
Reinaldo Dias de Oliveira, 27 anos, seguia de moto para o trabalho quando foi abordado pela PM. Segundo uma testemunha ouvida pela reportagem, ele foi baleado quando iria descer da moto. "Ele não fez nada, simplesmente atiraram à queima-roupa e por trás", disse a testemunha.
A PM diz que Oliveira sacou uma arma e apontou para os policiais. Para contê-lo, o policial Flávio Thomazin atirou, segundo a tenente Lilian Caporal Nery, porta-voz da PM.
O delegado seccional de São Carlos, Wanir José da Silveira Junior, disse que Thomazin é reincidente, enquanto Oliveira não tinha passagem policial. A PM não autorizou o policial militar a falar sobre o caso.
O velório reuniu mais de cem pessoas ontem. Oliveira era casado e tinha quatro filhos. Segundo a viúva, Claudete Morais, 35 anos, a renda da família vinha de Oliveira, que havia seis anos era pintor na Electrolux. A Corregedoria da PM fará apuração em caráter de urgência. A PM abriu um inquérito policial para apurar o caso.
De acordo com o pai da vítima, Maurício Gomes de Oliveira, 50 anos, o pintor nunca se envolveu com nenhum tipo de droga ou crime, e trabalhava desde criança. "Só quero justiça, porque a vida do meu filho não volta mais."
Já um tio da vítima, João Cardoso Dias, 41 anos, afirmou que a arma foi "plantada" e que a única coisa que Oliveira levava era uma sacola com a sua marmita.
A vítima foi levada até a Santa Casa pelos mesmos policiais que o atingiram, mas não resistiu.
Prá variar, a banalidade da vida humana. Quem tem que defender ataca. É um absurdo. Tem que ser apurado e rápido. À família da vítima, nossas condolências.
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