A Polícia Civil prendeu dois integrantes de uma quadrilha de ladrões de banco que assaltou sete agências nos últimos dois meses. A tática usada pelos criminosos era render funcionários do lado de fora dos bancos e, assim, obrigar os seguranças a abrir as portas da agência.
"É a [quadrilha] mais atuante [do Estado de São Paulo], diante do número de ocorrências que ela produziu", disse o delegado Ruy Ferraz Fontes, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado).
A maioria dos roubos aconteceu em bairros nobres da zona sul de São Paulo, como Brooklin, Moema e Itaim Bibi, além de um caso em Alphaville, em Barueri (Grande SP), e outro em São José dos Campos (97 km de SP).
A quadrilha começou com cinco integrantes e depois se desmembrou em dois grupos, formados, ao todo, por nove ladrões, diz o Deic.
De acordo com Fontes, os criminosos rendiam um segurança ou funcionário do banco que trabalhava na área dos caixas eletrônicos --fora da proteção da porta com detector de metais. Ameaçando o refém, obrigavam os seguranças a destrancar a porta e então roubavam o cofre.
As ações eram sempre às 11h e duravam entre cinco e dez minutos. Por isso, os criminosos fugiam antes da chegada da polícia.
Segundo o delegado, a prática dos bancos de deixar seguranças e funcionários na área de caixas eletrônicos tem de ser discutida com a Polícia Federal (que regula a atividade de segurança privada) e, talvez, revista.
A identificação dos criminosos começou com imagens de câmeras de segurança. Um deles, Giovani Cirqueira Alves, 24 anos, chamou a atenção por usar sempre camisa preta e gravata roxa.
Ele foi preso no último domingo com Jefferson Tales de Barros, 36 anos, em uma pousada de luxo em Ubatuba (226 km de SP). Seus advogados não foram localizados ontem pela reportagem. Dos identificados, dois ainda estão foragidos: Wesley Daniel da Silva e Manoel Alberto Ribeiro Teixeira.
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