quarta-feira, 29 de junho de 2011

Vale do Paraíba é a região mais violenta do interior do Estado

Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública mostram uma realidade que preocupa os moradores do Vale do Paraíba e litoral norte. A região é a mais violenta do interior do estado.

Segundo a Secretaria, este ano, de janeiro a maio, foram 165 pessoas assassinadas em todo o Vale. É a segunda região mais violenta do estado, só perde para a capital. Fica à frente das regiões de Piracicaba e Santos, que historicamente registram maior criminalidade.

“Você compara iguais, não dá para comparar desiguais e considerar aqui no cone leste paulista que você recebe no litoral 1,7 milhao de pessoas a mais, 10,5 milhoes de pessoas a mais no circuito religioso e mais um milhão na Serra da Mantiqueira”, explica o comandante da Polícia Militar, Coronel Manoel Messias Melo.

Os números mais graves são de Lorena: nos cinco primeiros meses desse ano foram 11 homicídios, contra dois no mesmo período do ano passado. São quase 5 vezes mais. Em Ubatuba, o número de homicídios quase dobrou. Subiu de cinco para nove.

“Atuamos com uma dinâmica de policiamento, e em Lorena, por exemplo, atuamos com a ação força comunitária, 30 viaturas de força tática, 40 Rocan. Estamos trabalhando na questão do levantamento da inteligência e com certeza já temos resultados a apresentar no próximo mês”, afirma o comandante da Polícia Militar.

Em São José dos Campos, também cresceu bastante. Aumentou de 22 para 31. 40% a mais. “São José dos Campos fechou 2010 com 8.7 homicídios por cada 100 mil habitantes, é uma média fantástica e representa o trabalho forte da polícia ostensiva”, conta o Coronel Manoel Messias Melo.

Segundo a Polícia Civil, só em São José dos Campos, 80% dos assassinatos tiveram relação com o tráfico de drogas ou quadrilhas especializadas. O que também está chamando atenção dos agentes é o número de homicídios motivados por outros fatores.

“Temos percebido que há um aumento de homicidios, aqueles inesperados em que há utilização de arma branca ou pedras. Isso foge daquela rotina dos homicidios com arma de fogo, que são planejados e que são de brigas de quadrilhas”, explica o delegado Vernei Freitas. Em Taubaté, o número de homicídios diminuiu. Caiu de 25 para 24.

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