Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, começou a ser julgado ontem por causa do assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente Antônio José Machado Dias, em 14 de março de 2003. Era pouco depois de 14h30 quando o juiz Alberto Anderson Filho declarou instalado o júri de um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Instantes antes, em meio a gestos teatrais, o advogado Roberto Parentoni abandonou o plenário "em nome do direito de defesa".
A decisão do defensor de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, acusado ao lado de Carambola de ser o mandante do crime, causou a cisão no julgamento dos réus - uma nova data para o julgamento de Marcola será marcada pela Justiça. A ideia é que a sessão ocorra já no próximo mês.
Carambola passou o tempo todo impassível. Não reagiu nem quando as testemunhas de acusação o apontaram como líder do PCC e mandante do crime. Riu uma única vez, quando três cadeiras do plenário quebraram e as pessoas que estavam sentadas foram parar no chão - o susto levou a mão de alguns dos policiais que faziam a segurança do plenário ao coldre de seus revólveres.
NULIDADES
O conselho de sentença, formado por quatro homens e três mulheres, foi sorteado pouco depois de o juiz-presidente do 1º Tribunal do Júri, Alberto Anderson Filho, ter afastadoseis pedidos formulados pela defesa dos réus.
O advogado de Carambola, Cláudio Márcio de Oliveira, pediu ao magistrado que reconhecesse a existência de três nulidades no processo que inviabilizariam a sessão. O juiz as refutou.
Em seguida, Parentoni expôs três motivos para pedir o adiamento do julgamento, entre eles o fato de não ter tido a oportunidade de visitar seu cliente, Marcola, preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, na região oeste do Estado.
O juiz também negou esses pedidos, depois de fundamentar que nada havia nos autos que o autorizasse a adiar o júri.
Parentoni então se ergueu e saiu do plenário.
Após a saída do advogado, começou o depoimento das testemunhas. A previsão é de que o júri termine hoje.
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