Um homem de 48 anos que se apresenta como padre e chegou a cobrar para rezar em velórios de mortos, em ao menos cinco cemitérios da Grande SP, é alvo de três inquéritos policiais abertos no 23º DP, em Perdizes (zona oeste). Marcos Rodrigues Fontana, 48 anos, cobrava até R$ 500 para fazer missas de sétimo dia, segundo a polícia. Ele se dizia "monsenhor" da Igreja Católica Apostólica Reunida do Brasil, mas era confundido com um padre católico, e afirmava ser responsável por uma creche.
A polícia investiga se a igreja da qual ele se diz integrante existe. A Igreja Católica nega que ele seja padre.
Uma das vítimas foi uma dona de casa de 57 anos. Ela disse que acompanhava o velório do marido, no Cemitério do Araçá, quando viu o padre arrecadar R$ 240 entre seus filhos em 2008 para rezar no velório. Depois, ela foi novamente abordada por Fontana, que se ofereceu para celebrar uma missa de sétimo dia por R$ 450. "Disse que R$ 200 seriam destinados às crianças [de uma creche] e outros R$ 250 eram pelo aluguel da capela." Responsáveis pelo cemitério disseram à viúva que não havia cobrança pelo uso da capela. A missa não foi realizada.
O "padre" já foi condenado pela Justiça por peculato e estelionato, em 2003 e 2006. A pena que ele cumpriu não foi informada.
Fontana rezou missas nos cemitérios de Vila Mariana, Consolação, Araçá, Necrópole São Paulo e Diadema. O serviço funerário abriu sindicância sobre o caso. A reportagem procurou Fontana em sua residência, mas foi informada de que ele não estava.
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