Policiais do 2º DP de São Vicente identificaram dois homens acusados de envolvimento no assassinato do soldado Antônio Marcos da Silva. A dupla ainda permanece foragida, mas foi reconhecida fotograficamente por testemunhas.
Os mesmos policiais também capturaram ontem dois homens acusados de roubar o Citroën C3 utilizado na execução do policial militar, que tinha 40 anos e estava lotado no 39º BPM/I (São Vicente).
Com prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça a pedido do delegado Wagner Milhardo Alves, Aldo Manoel Mendes Júnior, o Juninho, de 20 anos, e Rafael Francisco da Silva, foram capturados ontem por participação no assalto a uma casa, na Vila Belmiro.
O roubo à residência aconteceu na terça-feira da semana passada. Uma quadrilha integrada por seis marginais, pelo menos, invadiu o local e rendeu duas mulheres. Uma das vítimas chegou a ser imobilizada com algemas descartáveis de plástico.
O bando recolheu dinheiro, joias, dois relógios, dois celulares e documentos. Na fuga, ele ainda levou o Citroën C3 de uma das mulheres. Dois dias depois, o carro foi utilizado na execução do soldado da PM.
Segundo o investigador Fabiano Mira Marques, Rafael confessou envolvimento no roubo e disse que Rodrigo Aparecido dos Santos, o Rodriguinho, de 27 anos, exigiu o empréstimo do veículo para usá- lo no assassinato do policial .
"O Rafael contou que a morte do soldado foi determinada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC)", acrescentou o investigador. Além de Rodriguinho, Thiago José Santana, o Grave
teiro, de 25 anos, foi reconhecido por meio de foto como autor dos tiroscontra o soldado.
Antônio Marques da Silva foi executado com mais de dez tiros ao estacionar o seu carro na frente de sua casa, no Conjunto TancredoNeves, em São Vicente. O homicídio aconteceu diante da filha de 17 anos do soldado. A adolescente segurava no colo a filha de apenas 8 meses.
O policial militar portava na cintura duas pistolas, mas não teve chance de usá-las. Segundo o comandante do 39º BPM/I, tenente-coronel Marcelo Prado, o soldado sofria ameaças de morte. Antônio Marcos foi o quinto policial do batalhão morto neste ano.
O paradeiro de Graveteiro e Rodriguinho ainda são desconhecidos. Segundo o investigador Marques, eles ocupavam, respectivamente, os bancos dianteiro e traseiro do C3. O carro foi abandonado momentos após o crime, no próprio Conjunto Tancredo Neves.
Graveteiro possui passagens por homicídio. Rodriguinho também registra antecedentes criminais e é foragido da Justiça. Antes do esclarecimento do roubo à casa da Vila Belmiro, Rafael era investigado por envolvimento com o tráfico de drogas e será indiciado por este delito conforme informou o delegado Milhardo.
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