Uma jovem de 21 anos afirma ter sofrido uma luxação no braço direito depois de ter sido agredida e arremessada por um segurança para fora do Villa Country, badalada casa noturna localizada na Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, na madrugada de domingo.
Com o braço engessado, a bancária e estudante de jornalismo Camila Esteves da Silva Costa compareceu ao 23º DP, em Perdizes, também na Zona Oeste da capital, na noite de segunda-feira para complementar o boletim ocorrência que registrou logo após o incidente.
Por volta das 4h30 de domingo, ela estava com mais duas amigas quando levou uma pisada no pé de uma outra garota na pista de dança. “Eu pedi para ela ter mais cuidado e ela veio para cima de mim de forma agressiva e me empurrou. Na hora, uns rapazes que estavam próximos apartaram. Em seguida, conversamos, pedimos desculpas uma à outra e estava tudo resolvido”, contou Camila.
Apesar disso, segundo ela, os seguranças da casa noturna insistiram para retirar as jovens do local. “Nos levaram para perto da porta de saída. Tentamos explicar que o assunto já tinha acabado, mas não queriam nos liberar. Todo mundo ficou nervoso”, afirmou.
Segundo a bancária, a amiga dela quis voltar para dentro do Villa Country, onde a irmã dela havia permanecido, mas levou uma chave de braço de uma segurança. “Quando eu fui tentar ajudar minha amiga, um outro segurança, homem, me agarrou pelo braço (esquerdo) com força, me chamou de vagabunda e me jogou para fora, na guia”, relatou.
Camila sofreu uma luxação. Antes, porém, a amiga, uma advogada, ligou para a polícia, que chegou logo depois. De acordo com a bancária, os próprios policiais militares se encarregaram de registrar o boletim de ocorrência. Depois de passarem todas as informações, ela seguiu para o Hospital São Camilo, no Ipiranga, na Zona Sul da capital, onde teve o braço engessado, depois de ser submetida a um exame de raio-X.
“O médico me passou um laudo para eu apresentar aqui (no 23º DP)”, disse. Na delegacia, no entanto, ainda não havia o registro da ocorrência no sistema da polícia. Depois do episódio, Camila disse que pretende acionar a casa noturna. “Não volto nunca mais lá. Você paga para ter segurança, porque não é um lugar barato para frequentar, e sofre uma agressão dessas. E a vergonha, o constrangimento de ter sido jogada no chão e todo mundo em volta te olhando. Ainda mais que eu frequentava o lugar."
De acordo com a assessoria do Villa Country, a jovem agredia outras duas clientes da casa e o segurança foi chamado apenas para apartar a briga.
A casa noturna diz que a bancária deu "um murro" no segurança, que a empurrou para afastá-la.
O Villa Country afirma ter oferecido auxílio para chamar a polícia e levar a jovem a uma enfermaria, mas diz que ela se recusou e que afirmou que ia a uma delegacia por conta própria. A assessoria da casa noturna afirma não saber precisar se a luxação ocorreu durante a briga com as outras clientes ou com o segurança.
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