Após 13 dias preso por engano, no lugar do irmão, o auxiliar de limpeza Gilson Ramalho da Costa, 38 anos, deixou ontem o 33º DP (Vila Mangolot), em Pirituba (zona norte de SP).
Na tarde do último dia 17, ele foi detido ao tirar um atestado de antecedentes criminais no Poupatempo da Sé (região central de SP), por conta de um mandado de prisão contra seu irmão mais novo, o catador Gerson Ramalho da Costa, 35, que deixou de pagar R$ 536,74 de pensão à ex-mulher.
Segundo o criminalista Ademar Gomes, a mulher fez ontem um acordo com Gerson para que o mandado seja anulado. Até que a decisão seja revista pelo Judiciário, o que pode levar duas semanas, Gerson continua a ser foragido.
"Na primeira noite, dormi no chão do banheiro do 1º DP [Liberdade], sem blusa nem nada", disse Gilson ontem, uma hora depois de deixar a cadeia. No dia seguinte, ele, que já cumpriu 12 anos por assalto, foi levado para o 33º DP. Lá, disse ter dividido cela com 15 presos. "No quarto dia, um policial foi me dar roupas e gritou: 'Gerson Ramalho da Costa'. Só aí vi que tinham me prendido por engano.
A dona de casa Valdete Ramalho da Costa, 64, mãe dos irmãos, pediu ajuda à Acrimesp (associação dos advogados criminalistas). Ontem, a Justiça expediu o mandado de soltura de Gilson. "Só quero agora trabalhar registrado e poder viver sossegado", diz ele.
Segundo o advogado Ademar Gomes, o Estado será processado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário