Chegou ao fim, na manhã de quarta-feira, a farsa de um enfermeiro, de 46 anos, que se passava por médico e exercia a profissão, como folguista, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Itanhaém com o registro de um psiquiatra de Campinas, em São Paulo.
Além de prestar serviços à unidade de saúde na cidade do litoral sul há quatro meses, o indivíduo trabalhava como plantonista de uma concessionária de resgate na rodovia Regis Bittencourt, no Vale do Ribeira, havia dois anos.
Ao notar que suas mentiras haviam sido descobertas no Samu, o suposto falsário fugiu. Como trabalhava esporadicamente na unidade, ele atuou no Samu em apenas três ocasiões, e escapou quando faria o seu quarto plantão. A Polícia pediu sua prisão preventiva.
Ao ser contratado para exercer a função de médico em Itanhaém, ele se identificou como Marcelo Alexandre Mayer, psiquiatra no interior do Estado, e apresentou a cópia de documentos e o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) em nome da vítima.
As suspeitas da secretaria de saúde de Itanhaém sobre o suposto médico começaram na semana passada, depois que seu sócio foi preso no Vale do Ribeira por exercer a medicina, também, com documentos falsos.
Alertados sobre tal episódio e da possível falsificação ideológica de seu funcionário, o Coordenador Geral do Samu no Litoral Sul, Amir Mahmoud Bahmead, iniciou uma pesquisa em nome da vítima nos arquivos do Conselho Regional de Medicina e constatou que haviam divergências em alguns dados pessoais. Em seguida foi descoberta a existência do verdadeiro psiquiatra, residente em Campinas.
Foi então que o coordenador exigiu, na última sexta-feira, que o enfermeiro entregasse todos os seus documentos originais, caso quisesse seguir na unidade móvel do Município.
Segundo Amir, ao perceber que suas calúnias estavam prestes a vir a tona, o falsário compareceu ao Departamento Pessoal do órgão público para receber o pagamento de todos os serviços prestados. Entretanto, saiu sem receber nada.
"Ele era remunerado de acordo com osdias em que trabalhava. Como não havia apanhado nenhum dos pagamentos até a última semana,não autorizei a liberação do dinheiro sem a apresentação dos seus documentos", revelou Amir.
Mais tarde, o suposto médico se apresentou à unidade móvel para cobrir a folga de um profissional titular. Foi quando Amir o interrogou sobre os seus dados originais e recebeu como resposta que estariam dentro do carro. Mas, ao invés de voltar com os seus registros originais, ele entrou no veículo e fugiu.
O coordenador do Samu desconfiava que o acusado tinha algum conhecimento médico, pois entendia perfeitamente o linguajar dos especialistas. "Ele pode ter tido algum problema com diploma ou ter parado o curso pela metade", disse Amir, antes de saber a verdadeira profissão do enfermeiro.
O caso foi registrado no 2°DP de Itanhaém sob a natureza de Falsidade Ideológica e Exercício ilegal da Medicina pelo delegado Luis Alves Batista.
E VERDADE ISSO E ITANHAEM , QUANTAS PESSOAS NAO MORRERAM NA MAO DESTE SUPOSTO MEDICO ,,,, ACOUGUEIRO
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