A Polícia Civil de Jandira, na região oeste da Grande São Paulo, afirma já ter em mãos um dos assassinos do ex-policial militar Jairo Lemes de Aquino, 39 anos, irmão do ex-secretário de Habitação da cidade, Wanderley Lemes de Aquino, apontado pelo Ministério Público Estadual como um dos envolvidos na morte do prefeito Walderi Braz Paschoalin, de 62 anos.
Conhecido como "Tsunami", Weverton Cavalcante de Britto, de 29 anos, que já possui passagens por furto e homicídio, foi baleado por investigadores da delegacia de Jandira por volta das 20h30 de ontem próximo ao limite com Barueri.
Apontado pela polícia como um dos assassinos do ex-policial, "Tsunami" estava de carona numa Towner, pertencente à mãe de um dos cinco criminosos detidos pela mesma equipe de investigadores e teria reagido à abordagem dos policiais.
O outro criminoso, ao volante da Towner, também estava armado, mas se entregou. Com a dupla, os investigadores apreenderam uma pistola calibre 9mm e um revólver calibre 38. Outros três membros da mesma quadrilha, entre eles um adolescente de 17 anos foram detidos numa casa próxima após um deles ligar para o celular de um dos ocupantes da Towner.
A polícia não quer afirmar que a morte do ex-policial seja uma queima de arquivo. "Não podemos ainda afirmar que há uma ligação entre a morte do ex-policial com o assassinato do prefeito, mas tudo leva para esse caminho. Jairo com certeza tinha envolvimento com o crime organizado na cidade" afirmou o delegado Zacarias Tadros, responsável pelo inquérito que apura a morte do ex-policial.
Ex-soldado da 4ª Companhia do 20º Batalhão da Polícia Militar, Jairo, quando foi assassinado, na noite do último domingo, 29, estava afastado de suas funções desde 2001, pois começou a ser investigado pela morte do vereador de Jandira Márcio Soares de Almeida.
De acordo com o delegado, após o prefeito Braz ser assassinado, foi determinada a reabertura de todos os casos de mortes de políticos na cidade. O ex-secretário de Habitação Wanderley de Aquino, que é irmão de Jairo e está preso por suposta participação na morte do prefeito, na época era suplente de vereador.
Jairo foi morto a tiros, por volta das 22h30 de domingo, 29, em frente à casa da amante, em Jandira. Ao sair à porta após ser chamado pelo nome, o ex-policial foi baleado e morreu quando era atendido no pronto-socorro municipal de Jandira. O policial chegou a ficar preso por três anos sob acusação de tentativa de homicídio. "Já sabemos que Jairo foi morto, segundo testemunhas, por 3 ou 4 pessoas, que fugiram em um veículo preto, e que uma delas é o "Tsunami", acrescentou o delegado.
Braz Paschoalin foi fuzilado na manhã de 10 de dezembro de 2010. No momento do crime, que teria sido negociado por R$ 600 mil e motivado por disputa de poder dentro da Prefeitura, a vítima não utilizava um carro blindado, que naquele dia amanheceu com um pneu furado. Braz saiu de casa no veículo do motorista, que também foi baleado quando ambos chegavam a uma emissora de rádio onde Braz participaria de um programa.
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