A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) abriu procedimento interno nesta segunda-feira para apurar um suposto desvio de conduta de um agente do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Mogi das Cruzes, região metropolitana de São Paulo. Ele teria divulgado uma carta apreendida na unidade com uma ordem dada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para o início de revolta dos presos. A data para marcada para a rebelião seria ontem, domingo, mas nada foi registrado na unidade.
A carta, datada de 23 de julho, vem com o titulo "Salve Geral". Nas três páginas, os presos seguem falando que: "em breve vamos dar um basta na opressão que vem ocorrendo nas faculdades (gíria utilizada para definir presídios)". A mensagem ainda afirma que as "cunhadas" (mulheres dos internos) estão passando por constrangimentos em vários presídios.
Segundo a mensagem, a "opressão" contra os presos aconteceria nos CDPs de Mogi das Cruzes, Suzano, Guarulhos, Parelheiros, Pinheiros, Belém, Mirandópolis, Getulina, Avaré, Presidente Venceslau, Presidente Bernardes, Pracinha, Assis, Reginópolis, Pirajuí, Balbinos, Lavínia e Tremembé.
Em nota, a SAP afirma que "nas apurações, foi identificado o funcionário que retransmitiu cópia dessa carta para diversas autoridades do Estado. Sua conduta está sendo alvo de procedimento administrativo disciplinar, para fins de punição, tendo em vista a desnecessária intranquilidade que seu comportamento causou, não apenas para seus colegas de trabalho, mas para todos os que tomaram conhecimento da carta".
Apesar do documento ser real, em nota, a SAP diz que o órgão de inteligência da secretaria constatou "que não há nada que indique a possibilidade de ocorrer qualquer anormalidade no sistema penitenciário paulista".
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