quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Detentos com suspeita de gripe suína fogem do HGA

Dois presos já condenados pela Justiça e com suspeita de estarem com gripe suína escaparam domingo à noite do quarto nº 139 do Hospital Guilherme Álvaro (HGA), onde estavam internados em isolamento. Ontem de manhã, policiais militares os recapturaram no Morro Santa Maria, em Santos. Para a Polícia Civil, houve o crime de facilitação de fuga.


José Carlos Bibiano, de 41 anos, e Edgar Mata de Oliveira, de 23, começaram a apresentar sintomas de gripe suína, sendo transferidos da Penitenciária III de São Vicente para o HGA. Algemados às camas do hospital e vigiados por um agente de segurança penitenciário, eles teriam aproveitado o momento em que o agente público adormeceu para fugir.

As algemas que prendiam os condenados foram achadas presas às camas. De posse das fotos dos fugitivos e com base em denúncia anônima, policiais militares foram ao Morro Santa Maria, onde suspeitaram de um adolescente de 17 anos e o abordaram. Ele portava R$ 402,00 e, sem saber revelar a origem do dinheiro, alegou que "cuidava" de uma pessoa com gripe suína.

Indagado sobre onde estava o doente, o adolescente levou os policiais até um barraco, onde refugiavam-se a dupla que escapou do HGA. Segundo os condenados, eles conseguiram fugir forçando a passagem das mãos através das algemas, sem fazer qualquer menção ao agente penitenciário.

De acordo com os PMs, os acusados não resistiram à prisão e admitiram ser os fugitivos do hospital. A direção da Penitenciária III de São Vicente foi avisada sobre a recaptura e providenciou o recambiamento dos detentos à unidade. No barraco havia um pequeno tablete de maconha. O adolescente assumiu a propriedade da droga, afirmando que ela se destinaria a consumo próprio.

Titular do 7º Distrito Policial de Santos, em cuja área fica o HGA, o delegado Jair Oswaldo Grassi Mazzetto determinou a instauração de inquérito para apurar responsabilidade pela evasão. Para ele houve o crime de facilitação de fuga, mas é necessário apurar se de modo doloso (intencional) ou culposo (decorrente de negligência).

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