terça-feira, 25 de agosto de 2009

Polícia prende Gil Rugai em São Paulo após revogação de liberdade

O ex-seminarista Gil Rugai --acusado de matar o pai e a madrasta em São Paulo-- foi preso pela Polícia Civil de São Paulo na manhã desta terça-feira, após ter suspenso o seu habeas corpus, pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A prisão aconteceu por volta das 6h15, segundo a delegada Elisabete Sato, titular do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Às 7h30, Rugai permanecia na sede do departamento.

O ex-seminarista estava em liberdade desde fevereiro deste ano. Antes disso, o jovem estava preso por ter se mudado para Santa Maria (RS) sem informar as autoridades sobre a mudança de endereço. À época, o ministro Arnaldo Esteves Lima, da 5ª Turma do STJ, concedeu uma liminar sob a afirmação de que o fato não justifica a prisão.

Apesar disso, o ministro Felix Fischer discordou do entendimento do relator e revogou a decisão inicial. "Para sair do distrito da culpa, tem que comunicar ao juiz, ainda mais quando responde a um crime dessa natureza. Por isso denego a ordem de habeas corpus", concluiu.

O empresário Luiz Rugai e a mulher, Alessandra Troitino, foram assassinados a tiros em casa, em Perdizes (zona oeste de São Paulo) em 2004. Apontado como principal suspeito do crime, Gil Rugai ficou preso por dois anos até ser libertado por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) em junho de 2006.

A investigação da polícia apontou vários indícios contra Gil Rugai. Exames realizados em uma marca de sapato deixada na porta da sala de vídeo --onde o empresário teria tentado se esconder e que foi arrombada-- apontara que quem arrombou a porta teria lesões no pé. O IC (Instituto de Criminalística) realizou então exames de ressonância magnética da planta do pé de Gil, que apontaram tais lesões.

Além das provas colhidas na casa, a polícia levantou a hipótese de o crime ter ligação com o afastamento de Gil da empresa do pai, a Referência Filmes. O ex-seminarista estaria envolvido em um desfalque de cerca de R$ 100 mil na empresa e, por isso, teria sido demitido de seu departamento financeiro. A madrasta, segundo o gerente do banco onde a Referência Filmes tinha conta, proibiu que ele a movimentasse.

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