Uma aposentada de 62 anos levou um tiro na cabeça após sair de uma agência bancária com R$ 8.012 em Perdizes (zona oeste de SP). O motivo do crime ainda é um mistério para a polícia, isso porque a vítima não reagiu e seu dinheiro não foi roubado.
Ontem à noite, Maria José da Silveira Pessioni, 62 anos, passou por uma cirurgia no Hospital das Clínicas. Seu estado de saúde era gravíssimo, com risco de morte.
Ela saiu sozinha de sua casa na rua Venâncio Aires por volta do meio-dia. Foi a uma agência do Bradesco na avenida Antártica e, por volta das 14h, saiu de lá levando o dinheiro no bolso, de acordo com a Polícia Civil.
Poucos metros à frente, próximo à praça Marrei Júnior, foi chamada por um homem que aparentava ter 37 anos e 1,7 metro de altura.
"Temos uma testemunha. Ela disse que o homem tocou no braço da vítima e, quando ela se virou para ver quem era, disse só três palavras e atirou na cabeça dela", disse o delegado Percival de Moura Alcântara Júnior, do 23º Distrito Policial (Perdizes).
Segundo o depoimento dessa testemunha, que seguiu a dupla, o atirador então subiu na garupa de uma moto dirigida por outro suspeito. Os dois andaram por pouco mais de 300 metros até que o atirador voltou a descer do veículo e se misturou a uma multidão.
A polícia acredita que ele fez isso para dificultar sua identificação por policiais militares em patrulhamento.
"A rua estava muito cheia e barulhenta, acho que por isso quase ninguém ouviu o tiro. Uma mulher que disse que tinha visto tudo veio pedir ajuda no posto", disse o frentista de um posto próximo Antônio dos Santos Nunes, 44 anos.
Policiais militares levaram Maria José ao pronto-socorro do Hospital das Clínicas. Apenas lá os médicos perceberam que o dinheiro não havia sido roubado.
A principal hipótese da polícia é que o objetivo dos criminosos era roubar o dinheiro. Não se sabe porque eles teriam desistido do roubo. A polícia apura com o banco o motivo dela ter sacado a quantia em dinheiro.
Também não foi descartada a hipótese de crime encomendado, motivado por vingança ou herança.
Causou desconfiança aos policiais o fato de duas pessoas terem ligado para a Polícia Militar se identificando como parentes e perguntando se o tiro havia sido na cabeça. As ligações podem ter sido feitas ou pelos próprios atiradores ou por possíveis mandantes da emboscada.
A polícia procura agora imagens gravadas por câmeras de segurança de imóveis próximos ao local.
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