Sete presos começaram a ser julgados, nesta terça-feira, em Jaboticabal, a 342 quilômetros da capital paulista, pela morte do delegado Adelson Taroco, ocorrida em maio de 2006, quando uma facção criminosa deflagrou uma megarrebelião nos presídios paulistas. Taroco foi atacado ao entrar na cadeia para conter uma rebelião. Ele foi enrolado em um colchão, ao qual os presos atearam fogo. O delegado chegou a ser socorrido, mas morreu dias depois.
Os sete presos são acusados de quatro crimes: homicídio duplamente qualificado, motim, danos ao patrimônio público e incêndio. Se condenados, podem pegar mais de 40 anos de prisão.
- Estou certo de que não foram meus clientes. Eles negam a autoria desde o momento em que foram presos em flagrante - diz o advogado de defesa dos presos, Paulo Henrique Scutti.
O julgamento não pôde ser gravado. Foram mostradas durante a sessão a roupa do delegado e a arma que ele portava na ocasião. Das 25 testemunhas convocadas, três não compareceram. Antes da sessão começar, um homem que ia ser testemunha foi preso e saiu do Fórum direto para a cadeia. Havia um pedido de prisão contra ele.
Por causa do julgamento, a segurança no fórum foi reforçada. Os detentos entraram pelas portas dos fundos. Na porta da frente, policiais vasculhavam bolsas e revistavam as pessoas com detectores de metal por medidas de segurança. A juíza Carmen Silvia Alves acredita que a pena pode sair em dois dias.
- Vai ser muito difícil a decisão. Não sabemos quem vai pegar a pena de homicídio ou não. O jurado terá dificuldade e terá que pensar muito - explica.
O Júri foi suspenso no início da noite e deve recomeçar na manhã de quarta-feira.
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