Cinco criminosos armados apontados como integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) mantiveram cinco funcionários do CDP (Centro de Detenção Provisória) 1 de Guarulhos (Grande SP) reféns ontem, dia de visita, em uma tentativa frustrada de fuga.
Portando uma pistola e uma segunda arma que depois foi identificada como falsa, os presos tentaram escapar por volta das 12h30, segundo a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária.
Por volta das 14h30, após negociação com a direção do CDP, os presos entregaram a arma e os reféns foram liberados. Após a confusão, a polícia iniciou uma revista para ver se existiam outras armas com os presos. A secretaria também disse que investigará como a pistola entrou no local.
Segundo a PM, um dos presos foi atingido de raspão por uma bala no pescoço. O tiro, disse a PM, foi disparado por um dos reféns que tentou se defender --informação não confirmada pela secretaria.
Para ajudar na segurança do lado de fora, a PM foi acionada. O uso do helicóptero da PM também foi necessário para fiscalizar possíveis fugas. A prisão, que tem 768 vagas, está superlotada e abriga 1.927 detentos.
Após o tumulto, a visita, que deveria terminar às 16h, foi interrompida. As mulheres foram liberadas primeiro e, em seguida, os homens. Mães deixavam o local chorando de nervosismo, preocupadas com os filhos presos e sem saber ao certo o que tinha acontecido. Muitas afirmaram terem ouvidos tiros durante a confusão. A auxiliar de limpeza Tânia Aparecida Mendes, 46 anos, disse que chegava para visitar o filho, às 13h, quando funcionários disseram que ninguém entraria nem sairia do local. "Foi horrível", disse.
O advogado de um dos presos, Jeferson Badan, disse que os responsáveis pela tentativa de fuga deverão ser transferidos para uma prisão que funciona em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), onde o detento passa até 22 horas por dia trancado. Segundo ele, a transferência será para penitenciária de Presidente Venceslau (611 km de SP).
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