O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público Estadual, denunciou à Justiça anteontem à noite sete policiais civis sob a acusação de que eles extorquiram dinheiro do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía, preso em 2007 pela Polícia Federal.
Os promotores de Gaeco também pediram a decretação da prisão preventiva (que pode durar até o fim do julgamento) desses sete policiais civis, que foram alvo de dois inquéritos policiais da Corregedoria da Polícia Civil.
Quando foi preso pela Polícia Federal, em agosto de 2007, em um condomínio de luxo em Aldeia da Serra, Barueri (Grande São Paulo), Abadía contou à PF que policiais civis do chamado o "outro PCC" (policiais civis corruptos) exigiram dele cerca de US$ 1,2 milhão (pouco mais de R$ 2,4 milhões), mais dois veículos, para que ele e seus comparsas não fossem presos.
Até o final deste mês, outros dois inquéritos ainda abertos para apurar extorsões praticadas contra Abadía e pessoas que o ajudavam a traficar drogas a partir de São Paulo serão concluídos pela Corregedoria da Polícia Civil e também resultarão em denúncias à Justiça e mais pedidos de prisões.
Ex-chefe do Cartel Vale do Norte, Abadía foi extraditado pelo governo brasileiro para os EUA em agosto de 2008, depois de ter confirmado as extorsões sofridas por ele e seus comparsas no Estado de São Paulo. O promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, chefe do Gaeco, não se manifestou ontem.
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