O mestre de kung fu Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, foi preso na manhã de ontem acusado de comandar uma quadrilha que importava celulares falsificados da China e revendia para lojas do centro da capital. Outras 13 pessoas também foram detidas.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha vendia cerca de 4.000 celulares por mês. Os aparelhos vinham da China para o Brasil de avião e seguiam para os Correios. Uma pessoa os buscava e entregava à quadrilha.
Os aparelhos eram repassados a terceiros, que faziam a falsificação das caixas e gravavam o nome de grandes marcas. O bando então enviava os celulares para distribuidores, que os revendiam para lojas do centro da capital, como as da rua Santa Ifigênia.
A quadrilha era formada ainda por um servidor público, que informava os lojistas sobre operações de órgãos de fiscalização, e um estudante de fisioterapia, que emitia atestados falsos, usado pelos imigrantes ilegais para dar entrada no processo de anistia. O governo federal está anistiando ilegais que chegaram ao país antes de fevereiro, o que permite que fiquem no país, e, com os atestados falsos, os imigrantes podiam provar que estavam aqui.
Foram apreendidos 5.000 celulares e R$ 250 mil em dinheiro. Paulo Li é presidente de honra da Liga Nacional de Kung Fu. A reportagem não conseguiu localizar o advogado dele ontem.
Também ontem, um ex-oficial do Exército e um chileno, ex-membro do serviço secreto do Chile, foram presos por obterem dados cadastrais de empresas de telefonia para usá-los em espionagem.
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