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quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Mãe de Isabella Nardoni vai à Justiça contra livro sobre morte da filha
A mãe de Isabella Nardoni, 5 --que morreu em março do ano passado--, Ana Carolina Cunha de Oliveira, entrou nesta quarta-feira com uma ação na Justiça de São Paulo por danos morais contra a publicação do livro "Caso Isabella, verdade nova".
Publicado no Rio Grande do Sul neste ano, o livro contesta as versões da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo, e levanta a hipótese de acidente doméstico. Os órgãos acusam o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá --pai e madrasta da menina--, de tê-la jogado do sexto andar do prédio onde moravam, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008.
A ação movida pela advogada da família de Ana Carolina, Cristina Christo Leite, pede R$ 500 mil em indenização por danos morais, e tem como objetivo retirar o livro do mercado. O processo será analisada pelo juiz Edmundo Lellis Filho, da 1ª Vara Cível de Santana.
A reportagem ainda não conseguiu entrar em contato com o autor do livro, o médico Paulo Papandreu, nem com a editora Pallotti, para comentarem a ação.
Acidente
No último domingo (27), a defesa do pai e da madrasta de Isabella levantou uma nova hipótese para o crime, e disse que Isabella pode ter sido vítima de um acidente doméstico. Em entrevista ao programa "Fantástico", da TV Globo, o advogado Roberto Podval afirmou que Isabella pode ter se assustado ao acordar, cortado a rede de proteção da janela e caído.
Podval citou como exemplo o que ocorreu com a menina Rita de Cássia Rodrigues de Sena, 5, que morreu em 11 de julho deste ano ao cair do quinto andar do prédio onde morava, na zona norte do Rio. A menina ficou sozinha no apartamento enquanto os pais estavam em uma festa no condomínio, conforme revelaram as imagens do circuito de segurança interno.
"Um acidente é possível. Eu entrei nesse caso, estudei o caso e, honestamente, eu estou convencido da inocência do casal", disse o advogado.
No caso do edifício London, onde Isabella morreu, as câmeras de segurança não gravavam as imagens, o que teria começado a ser feito após a tragédia.
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