A Justiça Federal de São Paulo condenou à prisão três colombianos por lavagem de dinheiro do narcotráfico e confiscou dois aviões turbo-hélices, que passam a ser patrimônio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do governo do Mato Grosso do Sul. Os réus estão presos desde março, quando foi deflagrada a Operação Aquário, força-tarefa da Polícia Federal e da Procuradoria da República em São Paulo.
Foram condenados os colombianos Jorge Enrique Rincon Ordoñez, Javier Hernando Mantilla e Willian Encizo Suarez e o brasileiro Carlos José Luna dos Santos.
Ordoñez, que, segundo a denúncia, ficou preso na Colômbia de 1997 a 2005 por estelionato e falsidade documental, passou a atuar no Brasil no início de 2008. Com recursos de uma conta no México, comprou, por cerca de R$ 1,75 milhão, um avião turbo-hélice em Curitiba. O avião ficou registrado em nome do brasileiro Luna, que, para isso, recebeu US$ 10 mil. Para a PF, eram os primeiros passos na formação de uma empresa de fachada para mandar cocaína para Europa e EUA, por meio de Venezuela, Panamá e Burkina Faso, na África.
Na sentença, o juiz Fausto De Sanctis ressaltou trechos do depoimento do colombiano Suarez, que estava no Brasil havia cinco anos. Ele contou ter acompanhado viagens de Ordoñes e de Mantilla, quando teria ouvido referências ao transporte de "melcocha", o nome de um doce que, na gíria do narcotráfico, significaria cocaína. Ouvidos em depoimento na Justiça Federal, os quatro acusados negaram os crimes. Ordoñez e Mantilla pediram a improcedência da acusação feita pelo Ministério Público, que teria "se baseado em provas obtidas mediantes interceptações telefônicas ilegais".
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