quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Mudança de sistema dificulta consertos em carros da polícia

Oficinas mecânicas das bases da Polícia Militar na capital e Grande SP estão cheias de carros da PM parados por falta de manutenção. Apenas serviços simples, como troca de peças e de componentes de consumo (como pneus e óleos), têm sido feitos com rapidez.

Dos 8.600 carros que a PM tem para patrulhar a Grande SP, 430 estão fora de operação para passar por manutenção, segundo dados da própria Polícia Militar, divulgados no último mês.

O que ocorre é que, recentemente, o governo do Estado mudou a forma de contratar oficinas mecânicas para os serviços mais pesados (como funilaria e retífica de motores, por exemplo). Até cerca de dois meses, a contratação era feita por meio de pregão presencial --uma forma de leilão às avessas: vence e conserta os carros a oficina mecânica particular que oferecer o menor preço para o serviço.

Mas o governo mudou a forma de contratação para pregões eletrônicos. As oficinas se cadastram no site da Secretaria de Estado da Fazenda e dão os lances pela internet.

Dessa forma, por um lado, as exigências quanto à documentação das oficinas são maiores, segundo diz a PM e o risco de fraudes é menor. Fora isso, há a possibilidade de mais oficinas participarem do pregão. Por outro lado, por conta de dificuldades no sistema, as contratações têm sido mais morosas. A última concorrência ocorreu em 6 de julho, segundo a PM.

Apesar do tempo maior para contratar as oficinas, a PM diz que o patrulhamento não está sendo prejudicado pela quantidade de veículos fora do serviço. A sala de imprensa da PM afirma que o número de carros parados está dentro da programação da polícia, que separa parte da frota para manutenção de tempos em tempos. A PM não passou ontem os dados atualizados de veículos parados.

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