quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Jovem é morto em tiroteio dentro de ônibus

O ajudante-geral Diego Alves da Silva, 18 anos, foi assassinado dentro de um ônibus com um tiro na testa, às 20h15 de anteontem, em Guarulhos (Grande SP), durante uma troca de tiros entre um guarda-civil metropolitano e um dos assaltantes.

A vítima estava no coletivo da linha intermunicipal Metrô Amênia/Bonsucesso, que foi invadido por três criminosos. Um deles, segundo a polícia, foi morto pelo guarda-civil metropolitano Luis Carlos Silva de Jesus, 33 anos. O GCM, que trabalha na capital e mora em Guarulhos, disse à polícia que reagiu ao assalto porque temia ser morto pelo trio.

"Assim que abordou a primeira vítima do roubo, esse ladrão viu o coldre da arma debaixo da calça do guarda e fez o movimento para puxar o revólver da cintura. Ele estava à paisana, mas o uniforme dele estava na bolsa. O guarda contou que reagiu em legítima defesa", afirma o delegado do 2º DP de Guarulhos Paulo Matsumoto.

Logo que atirou contra um dos ladrões, o GCM teria sido alvo de vários disparos efetuados por um dos dois outros ladrões que estavam no ônibus. O guarda-civil estava em pé próximo à porta traseira do veículo e teria disparo três vezes contra o assaltante.

A polícia ainda não sabe se o ajudante-geral foi atingido pela arma do guarda-civil ou dos bandidos. "Só a perícia vai dizer de onde partiu o projétil que matou o Diego", diz Matsumoto. Um outro passageiro, de 55 anos, também foi baleado. Ele foi levado por uma equipe da concessionária Nova Dutra até o Hospital Geral de Guarulhos e passa bem. O ajudante-geral foi encaminhado para essa mesma unidade, mas não resistiu aos ferimentos.

Dois quilômetros após entrarem no ônibus e anunciarem o assalto, dois dos três bandidos desceram do veículo pela porta da frente. Mesmo baleado, o outro ladrão desceu pela porta traseira, mas, segundo testemunhas, caiu no chão assim que deixou o ônibus. Silva de Jesus contou à polícia que, nesse momento, um dos dois ladrões que haviam descido pela porta dianteira, correu até o comparsa, pegou a arma da cintura dele e fugiu a pé.

Socorrido por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), o suspeito morreu no hospital. A reportagem não localizou ontem os familiares dele. Os comparsas dele na ação continuam foragidos.

Ao deixar o 2º Distrito Policial da cidade, após depoimento, Silva de Jesus não quis comentar o caso.

A Secretaria Municipal da Segurança Urbana informou que ele poderia estar armado, mesmo à paisana.

Procurada, a pasta, responsável pela GCM da capital, divulgou ontem uma nota em que diz que a orientação dada no centro de formação da Guarda é para que o guarda-civil metropolitano não reaja a assaltos, mesmo que esteja em uma situação de risco, informa a nota.

Um comentário:

  1. E lamentável ter ocorrido a morte de um inocente nesse caso, mas é mais triste ainda ainda o modo como a imprensa critica esse GCM que só reagiu para se defender, é um absurdo a declaração do Sr. Edson Ortega de que os GCM's são instruidos a não reagir em assalto, isso nos faz pensar que a vida de um GCM tem menos valor que a de um cidadão comum. Gostaria de entender se nessa situação o policial deveria abrir mão de se defender legitimamente de uma ameaça iminente e morrer como herói? Espero que seja repensado esse modo de pensar para que o GCM não se sinta como um alvo prestes a ser atacado e sem direio a defesa. Vale salientar que os bandidos foram os causadores do tiroteio e todos os passageiros incluido o policial são vítimas.

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