sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Família é torturada por ladrões dentro de casa

Três integrantes de uma família, entre eles um menino de quatro anos, viveram na tarde de anteontem cerca de 40 minutos de terror, dentro de casa, no Morumbi (zona oeste de SP). Três assaltantes armados com uma faca e uma pistola torturaram fisicamente e psicologicamente as vítimas.

Alegando estar em busca de um cofre, o trio amarrou o pai, de 44 anos, a mãe, que tem câncer, e o filho dentro de um quarto. A criança foi trancada dentro de um armário, e os bandidos diziam para os pais que iam violentá-la. A tortura não parou por aí. Uma banheira cheia de água e um secador de cabelos foram usados para intimidar o casal, que não tinha cofre na casa.

Dois celulares, uma corrente de ouro, um telefone fixo e um cartão bancário foram levados pelos dois assaltantes, que fugiram. Um ladrão acabou sendo preso.

Segundo o analista de sistemas, que pediu para não ser identificado, por volta do meio-dia, sua mulher --uma turismóloga de 39 anos-- foi abordada por um dos assaltantes quando colocava o lixo no quintal de casa. "Quando abri a porta, vi um dos caras com a arma encostada nas costas da minha mulher."

O analista de sistemas diz que, nesse momento, tentou correr e ligar do celular para a polícia. "Pare e largue esse telefone, senão eu atiro", teria dito o assaltante. Enquanto pai, mãe e filho subiam para o quarto da filha mais velha do casal, de 17 anos --que estava na escola na hora do crime--, as vítimas perceberam que um segundo assaltante já estava dentro da casa. Um terceiro ficou o tempo todo no quintal, dando cobertura para os outros.

No quarto, a família foi amarrada e amordaçada com fios de telefone e pedaços de roupas. A criança foi colocada dentro de um armário. "Um deles [dos ladrões] ameaçava estuprar meu filho e o outro ria, dizia que o colega queria se divertir", contou o analista. "Apertaram a minha mulher, que há dois anos luta contra um câncer e está em estado terminal", disse.

Num descuido do bando, o analista se desamarrou e passou da janela para um muro de quatro metros, de onde pulou para um terreno vizinho. Depois, ultrapassou uma cerca de arame farpado e foi a um colégio próximo pedir ajuda. Um bandido foi atrás dele, mas depois fugiu com um comparsa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário