O auxiliar de limpeza Gilson Ramalho da Costa, 38 anos, está preso há 13 dias na carceragem do 33º DP (Vila Mangalot), em Pirituba (zona norte de SP), por conta de um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara da Família do Fórum Regional da Vila Prudente (zona leste de SP) contra seu irmão mais novo, Gerson Ramalho da Costa, 35 anos, acusado de não ter pago R$ 536,74 de pensão à ex-mulher.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou ontem à noite que o engano se deu por uma falha na pesquisa do (Iirgd) Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt. "Ao receber da Justiça o mandado de prisão de Gerson Ramalho da Costa, ocorreu falha na pesquisa e o cadastro foi feito em nome de Gilson, que possuía registro criminal", disse a pasta.
Gilson foi preso por volta das 13h do último dia 17, no momento em que tirava o atestado de antecedentes criminais no Poupatempo da Sé (centro de SP). No 1º DP (Liberdade), segundo a dona de casa Valdete Ramalho da Costa, 64 anos, mãe do auxiliar de limpeza, ele teria tentado, por várias vezes, convencer o delegado Fábio Baena Martins que o mandado de prisão tinha sido expedido, na verdade, contra seu irmão.
"Meu filho já foi preso várias vezes, mas se aquietou. Dessa vez, não. Ele estava indo tirar o atestado de antecedentes criminais porque ia começar um novo trabalho. Estava todo entusiasmado", diz Valdete. "Isso não vai ficar impune. Vou processar o Estado."
Na resposta enviada ontem à reportagem, a Secretaria da Segurança Pública isentou Martins. "À Polícia Civil, coube cumprir o mandado de prisão alimentícia, de acordo com as informações que constavam no sistema", afirmou a pasta.
Segundo a secretaria, a determinação para a soltura tem de partir do Judiciário.
A direção do Iirgd informou que já regularizou os dados. A reportagem não localizou ontem o delegado Fábio Baena Martins.
Nenhum comentário:
Postar um comentário