A chinesa aposentada Lu Cheng Chen Tze, 70 anos, foi assassinada em casa, na Aclimação (zona sul de SP), anteontem à noite, após ser espancada por seis homens. Eles passaram pelo menos uma hora dentro da residência, segundo a polícia, e agrediram a vítima com socos e coronhadas na nuca, na cabeça, no rosto e no peito.
Os assaltantes fugiram, levando passaporte, CPF, talão de cheques e duas máquinas fotográficas digitais da vítima. Até a conclusão desta edição, ninguém havia sido preso.
Segundo a polícia, a quadrilha só não levou mais objetos porque foi surpreendida pela chegada do filho da vítima --um comerciante de 44 anos. Ele disse à polícia que estranhou o fato de as luzes da casa estarem acesas quando chegou do trabalho, às 21h30, e viu um dos criminosos na janela da sala. Aí, chamou a polícia. "Esse criminoso também viu que alguém chegava, e todos fugiram", disse o delegado Giuliano Rossi de Migueli, do 5º DP (Aclimação).
Na porta da sala, segundo Migueli, o filho de Lu encontrou vários eletroeletrônicos enfileirados, como se estivessem prontos para ser levados pelo bando. "Como eram muitos objetos, acredito que eles passaram ao menos uma hora na casa", diz o delegado.
Nesse momento, a aposentada estava viva e pediu um copo d'água para filho. Em seguida, porém, ela desmaiou. A mulher foi levada ao hospital, onde morreu menos de três horas depois. Laudo do IML (Instituto Médico Legal) concluiu, ontem, que a causa da morte foi politraumatismo.
O delegado classificou a morte como "um crime hediondo e uma brutalidade". "O que o senhora de 70 anos pode oferecer de resistência a cinco ou seis marmanjos? Mesmo assim, eles a espancaram. Não vejo outra explicação, a não ser a crueldade desses caras.
Na rua onde ocorreu o crime de ontem, moradores estão apreensivos. "Dá medo saber que aconteceu isso", diz a doméstica M.L., 58. O comando da Polícia Militar informou ontem que vai intensificar as patrulhas na área, mas não informou detalhes.
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