A polícia fechou hoje (17) a clínica que funcionava clandestinamente, sem alvará da prefeitura, no Parque Interlagos, em São José dos Campos. Protegida por muros altos e cercas elétricas, ela abrigava 29 dependentes químicos, que pagavam R$ 2,5 mil por mês.
Pacientes e funcionários foram levados à delegacia para prestar depoimento. O funcionário responsável pelo local foi preso em flagrante. Segundo o delegado Damásio Marino, ele vai responder por seqüestro, maus tratos, cárcere privado e exercício ilegal da profissão.
O Ministério Público iniciou a investigação depois que ex-pacientes relataram maus tratos, uso excessivo de medicamentos e a proibição de receber visitas.
Alguns internos confirmaram os maus tratos, como um rapaz que não quis se identificar. “Vim do Rio de Janeiro amarrado, dentro de uma ambulância. Cheguei na clínica, tomei uma medicação e fiquei ruim três dias”, conta. A maioria afirmou que a internação foi à força o que é proibido por lei, segundo o delegado.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social, os pacientes foram encaminhados para o Centro de Emergência e Calamidade (CEC). As famílias já estão sendo contactadas.
A prefeitura vai bancar alimentação, roupa e pernoite dos pacientes que precisarem ficar mais tempo no CEC, já que eles não são usuários da rede, destinada ao atendimento de pessoas com baixo poder aquisitivo.
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