Um chinês acusado de manter cinco mulheres, também chinesas, em regime de escravidão foi preso ontem pela Polícia Civil. O homem e suas vítimas foram encontrados em uma confecção clandestina que funcionava no Ipiranga (zona sul de SP).
Segundo a polícia, o chinês prendia as mulheres em uma casa sem higiene, na ruaGuinle, e as obrigava a costurar roupas que imitavam as de marcas famosas. Com o suspeito, a polícia encontrou um revólver calibre 38.
O delegado Jorge Esper diz ainda que há a suspeita de que o chinês abusava sexualmente das mulheres, já que foi encontrada grande quantidade de preservativos e lubrificantes na casa. "Isso será objeto de um outro inquérito, a ser instaurado", afirmou o delegado. Ele não soube dizer há quanto tempo as vítimas estavam nessas condições.
Segundo o delegado, a descoberta ocorreu durante uma investigação sobre pirataria. No começo da manhã de ontem, policiais viram o chinês entrando na casa com sacos de mercadorias e o abordaram. Só depois as mulheres foram encontradas. O delegado diz que elas dormiam cada uma em um quarto, mas todos repletos de sujeira.
Segundo a polícia, tanto o acusado quanto as vítimas estão em situação ilegal no Brasil. A Polícia Civil acionou a Polícia Federal. Ainda não se sabe o que acontecerá com as chinesas, que não falam português. Já o homem, cuja identidade não havia sido confirmada até a noite de ontem, será indiciado por redução de pessoas ao trabalho escravo, porte ilegal de armas e pirataria. Se condenado, só poderá deixar o país após cumprir a pena. Ele não tinha advogado e não quis falar com a imprensa.
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