A Corregedoria da Polícia Civil de SP indiciou 13 policiais civis e um informante suspeitos de exigir US$ 1,2 milhão (R$ 2,4 milhões) e dois carros do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadía e de seus comparsas. O pagamento teria sido para que a quadrilha não fosse presa quando traficou drogas para fora do Brasil a partir de São Paulo, entre 2005 e 2007.
Outros quatro policiais civis também foram indiciados (acusados formalmente em inquérito policial) sob acusação de exigir 400 mil (R$ 1,1 milhão) de Ramón Manuel Yepes Penagos, o El Negro, outro traficante colombiano ligado a Abadía, para apresentá-lo à Justiça como se fosse um comerciante de Minas Gerais.
As acusações contra os 13 policiais e o informante nos crimes contra Abadía são decorrentes de quatro diferentes casos de extorsão relatados à Polícia Federal pelo colombiano, preso em agosto de 2007 pela Polícia Federal e deportado em 2008 para os EUA.
Dos 17 policiais indiciados pelas acusações de extorsão, 10 eram do Denarc, justamente o departamento que deveria combater tráfico de drogas.
A estimativa é que os cinco crimes tenham rendido pouco mais de R$ 3 milhões aos 17 policiais agora chamados na polícia de o "outro PCC" --os policiais civis corruptos.
Os 17 continuam trabalhando normalmente na Polícia Civil. A Secretaria da Segurança não quis divulgar seus nomes.
Os cinco inquéritos sobre as extorsões contra os traficantes Abadía e El Negro serão concluídos e entregues à Justiça na próxima semana.
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